Ficando velho? Eu não!

Wenner Gláucio – Membro da Academia de Engenheiros Escritores de Alagoas

Quanto eu completei 50 anos, comecei lamentar porque estava envelhecendo, hoje sou um sexagenário, como dizem, um sessentão. E, nesses anos, me sinto privilegiado vez que essa oportunidade o tempo e a vida negou para centenas de seres humanos. Hoje posso dizer com convicção que não tenho nenhum medo de ficar velho, porém tenho medo de não ficar velho. Grande escritor, Mário Quintana, na qual tenho grande admiração, disse sobre a velhice que: “Antes, todos os caminhos iam. Agora, todos os caminhos vêm. A casa é acolhedora, os livros poucos. E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas. No meu caso, preparo meu Drink a noite sob a melodia dos grilos urbanos e das chuvas torrenciais que caem atualmente em Alagoas. E prossegue o grande Quintana


No poema intitulado “Gare de estapovo”. Ele relata que :”O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos e foi morrer na gare de estapovo! Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso. Que existem em todas as estaçõezinhas pobre do mundo. Ele sentou….e sorriu amargamente, pensando que em toda sua vida. Apenas restava de seu ser, a Gloria. Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas coloridas. Nas mãos esclerosadas de um caduco.


E então a Morte, ao vê-lo tão sozinho àquela hora na estação deserta, julgou que ele estivesse ali, a sua espera. A Morte chegou na sua locomotiva.(Ela sempre chega pontualmente na hora certa…)


Mas não pensou nada disso, o grande Velho, e quem sabe se até não morreu feliz: Ele fugiu…. Ele fugiu de casa ….
Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade… Não são todos os que realizam os velhos sonhos de infância!!”


Qualquer dia eu fugirei de casa para realizar meu sonho de criança, mas não sentarei em um banco na estação de trem daqui de Alagoas ou mesmo da minha cidade Campina Grande, sentarei, Sim! Em um banco próximo a casa dos meu amigos do Santo Antônio sonhando em resgatar a saudade deles, aqui representados pelos os que já foram, como Gidoca, Alberico, e os que ainda estão aqui que represento esses amigos, nas pessoas, como:, Cassio ou mesmo Jorge Cordeiro.


Voltando ao meu envelhecimento, quero dizer que na minha idade, não se vive mais para bajular ou impressionar ninguém. Na verdade se vive para ser mais feliz. Ah! Por último quero enfatizar que não sou velho apenas tenho minha jovialidade amadurecida.


Tenham todos, um bom final de semana