
José Vieira Passos Filho – membro da Academia de Engenheiros Escritores de Alagoas
Para escrever sobre o engenheiro Zé Miguel, de saudosa memória, consultei alguns colegas de profissão que também conviveram com ele: Márcio Pinto, Ednardo Quintiliano, Marcos Carnaúba, Juranildo e pessoas de sua família, para lembrar-me fatos e passagens da vida profissional desse grande engenheiro, que soube honrar a Engenharia alagoana. Zé Miguel se foi em 15.06.2020, tragado pelo COVID 19.
Zé Miguel, era da 5ª turma de engenheiros da Escola de Engenharia de Alagoas, formado em 11.12.1963 pela Escola de Engenharia. Turma de 10 engenheirandos: José Miguel de Oliveira, Givaldo Tavares Lira, Humberto Lessa Lobo, Itamar Rego Barros, Ives Prudente, José Nelson Mendonça, Marcos Mesquita da Silveira Mello, Mário Fortes Melro, Paulo dos Anjos e Ubirajara Gomes de Oliveira. Trabalhou na CEAL (1963), SAEM (1965), foi estagiário nos EUA na área de saneamento básico (1965), trabalhou na Secretaria de Educação de Alagoas (1967), trabalhou na Petrobrás (1968), na CASAL (1977/75) no cargo de Diretor Técnico e de Operações, onde destacamos o projeto do Emissário Submarino. Foi Prefeito Universitário da UFAL (1980/92). Aposentou-se pela UFAL em 1992. Prestou serviços na Prefeitura de Maceió. Também no período de 1992 a 2009 trabalhou para o Governo do Estado de Alagoas (ITERAL/SEPLAN/Diretor Técnico da Fundação Manoel Lisboa). De forma discreta, fez muito pela engenharia alagoana.
Zé Miguel, honrou sua profissão. Era competente, um homem íntegro, incorruptível e bom administrador. Tinha uma memória privilegiada, citava nomes e dados de obras pública de Alagoas e de pessoas. Era conhecedor e contador da história dos políticos de Alagoas. Conhecia a origem das grandes riquezas de alagoanos, muitas vezes obtidos de maneira espúria.
José Miguel de Oliveira nasceu no povoado Coruripe da Cal, em Palmeira dos índios, em 15.03.1936. Seus filhos são: Eduardo, reside em Recife; Ana, mora em Feira de Santana e Valéria, que trabalha no Banco do Brasil, em Brasília. Ultimamente, esteve tratando de uma pneumonia, precisou ser internado durante algumas semanas. Depois necessitou de cuidados médicos em casa. Nesse vai e vem, contraiu o COVID e partiu. Uma grande perda para a engenharia alagoana.
(Do livro “Não culpem o rio”, em produção)